As Corujas de Lwów

Música: Jan Maliński
Letra: Juliusz Baykowski

execução: Grzegorz Wilk com o conjunto Concerto da IndependênciaAs Corujas de Lwów

Informações sobre a obra musical

Título: As Corujas de Lwów
Música: Jan Maliński
Letra: Juliusz Baykowski

Lwowskie Puchacze | Hymn 307 Dywizjonu Nocnych Myśliwców (As Corujas de Lwów |Hino do 307º Esquadrão Polonês de Caça Noturno) – canção do 307º Esquadrão Polonês de Caça Noturno. O “As Corujas de Lwów” foi criado em 1943 na base aérea de Blackpool (Grã-Bretanha). A música foi composta pelo tenente-piloto Jan Maliński. A letra foi escrita pelo capitão-observador Juliusz Baykowski. O 307º Esquadrão foi um dos 15 esquadrões aéreos das Forças Armadas polonesas no período de 1940 a 1945 que lutaram contra a Alemanha e a Itália, defendendo a Grã-Bretanha (Batalha da Inglaterra), no norte da África e na Itália, França e Europa Ocidental e participando do bombardeio aliado da Alemanha. O 307º Esquadrão foi formado em 24 de agosto de 1940 em Blackpool e recebeu o nome de “As Corujas de Lwów”. A maior parte do pessoal veio da aviação militar polonesa de antes da guerra. Aviões ingleses Boulton Paul Defiant, Bristol Beaufighter e De Havilland Mosquito estavam à disposição. A luta mais famosa das “Corujas” foi a defesa de Exter contra o ataque aéreo alemão na noite de 3 e madrugada de 4 de maio de 1942. O esquadrão foi dissolvido em 2 de janeiro de 1947. A maioria dos pilotos não voltou para a Polônia ocupada pela União Soviética.

Observação histórica

Foto de grupo dos Corujas de Lwów (base de Exeter, dezembro de 1941)
Foto de grupo dos Corujas de Lwów (base de Exeter, dezembro de 1941)

O 307º Esquadrão de Caça Noturno “As Corujas de Lwów” foi formado como parte da Força Aérea Polonesa em 24 de agosto de 1940, na base de Blackpool, Inglaterra. As letras do código da unidade eram EW e lenços turquesa faziam a distinção dos uniformes. A maior parte do pessoal era proveniente dos 5º e 6º Regimentos Aéreos das Forças Armadas da Segunda República da Polônia. Em homenagem às tradições do 6º Regimento (cuja guarnição inicial era Lwów), o esquadrão adotou o nome de “Corujas de Lwów”. O primeiro avião de combate foi o biposto inglês Boulton Paul Defiant. Sua configuração era considerada, para os padrões da época, muito estranha e malvista pelos aviadores. Depois de um mês, os “Corujas” recebeu novos equipamentos: o caça-bombardeiro Bristol Beaufighter, primeiro na versão MK II F e depois na MK VIF. Era uma aeronave fortemente armada (4 canhões de 20 mm, 6 metralhadoras, bombas, foguetes), rápida, resistente e de longo alcance. O esquadrão concluiu o treinamento em 3 de dezembro de 1940 e entrou no serviço de patrulha noturna na área de Liverpool e obtiveram sua primeira vitória confirmada. Tripulação: o piloto Sgt. Kazimierz Jankowiak e o artilheiro Sgt. Józef Lipiński. Feito: abate de um bombardeiro alemão He-111.
No final de abril, o esquadrão foi transferido para Exter.

O piloto Tte. Grzegorz Bukowiecki, do 307º Esquadrão no Beaufighter VI F. Exeter, segunda metade de 1942
O piloto Tte. Grzegorz Bukowiecki, do 307º Esquadrão no Beaufighter VI F. Exeter, segunda metade de 1942

Sobre esta cidade, na noite de 3 para 4 de maio de 1942, ocorreu uma batalha épica envolvendo 4 tripulações de “Corujas” e uma formação de cerca de 40 bombardeiros alemães. Apesar da vantagem de 10 vezes do inimigo, os poloneses repeliram o ataque aéreo e salvaram a cidade. O posterior rearmamento veio no final de 1942. Os Beaufighters foram substituídos pelos caças-bombardeiros De Havilland Mosquito, inicialmente na versão MK-NF II. Os novos aviões também vinham fortemente armados, mas eram mais rápidos, muito mais manobráveis e…. de madeira (a fuselagem era confeccionada de compensado especial). Nos Mosquitos, os “Corujas” passaram a sobrevoar a Alemanha, destruindo máquinas inimigas em seus aeródromos. Em agosto de 1943, o esquadrão foi transferido para a Cornualha, de onde sobrevoou o Golfo da Biscaia. Em novembro mudaram-se novamente, desta vez para Drem, perto de Edimburgo, de onde realizaram patrulhas noturnas na Escócia. A etapa seguinte da jornada de guerra dos “Corujas” foi em Sumburgh, em Shetland. Em 1944, o esquadrão patrulhou a Islândia e o Mar do Norte. Também realizaram voos de assédio sobre a Noruega. Em agosto, os “Corujas” foram transferidos para Coleby Grandge, de onde protegeram Hull e Londres. Eles também sobrevoaram a França, Bélgica, Holanda e Alemanha, escoltando expedições de bombardeio e atacando alvos terrestres. Em 17 de setembro de 1944, o esquadrão participou da cobertura do desembarque perto de Arnhem (Operação “Market Garden”). A última vitória dos “Corujas” foi conquistada pela tripulação do piloto Capt. Czesław Tarkowski e do radionavegador K. Taylor (inglês), que abateu um Junkers Ju 88 alemão na área de Bonn em 7 de março de 1945. O 307º Esquadrão foi dissolvido em 2 de janeiro de 1947 em Horsham St Faith, Norfolk.

Análise da letra

A canção do 307º Esquadrão consiste em 6 versos, separados por dois refrões repetidos. A primeira estrofe fala da peregrinação dos aviadores (“de todo o mundo reunidos aqui”) que “de todo o mundo” se reuniram para lutar contra os alemães novamente. Já nesta estrofe, a canção também faz referência à tradição de Lwów e do 6º Regimento de Aviação (“Nossa tradição é a cidade de Lwów”). O segundo verso é uma convocação para lutar contra o inimigo à noite.
O refrão é a canção das noturnas “Corujas de Lwów”, que se move “para devorar”. O terceiro verso nos lembra a “velha disputa racial” (dos poloneses e alemães) que as “Corujas” estabelecem no céu noturno. O quarto verso é uma expressão de alegria por derrotar o inimigo (“Porque um alemão morto não é mau”). O quinto verso contém um lembrete do propósito da luta: pelo país e pela família. A última parte da canção é uma expressão de esperança de um retorno vitorioso ao país.
Trata-se, assim, de uma coleção de motivos típicos das canções militares polonesas – as andanças dos exilados, a luta, a disponibilidade para o sacrifício, o amor e a esperança. Infelizmente, o desejo contido no hino não foi realizado. Após o fim da guerra, a maioria dos “Corujas” não pôde retornar ao país devido às repressões do regime comunista.

 

Elaborado por: Piotr Pacak

 

 

A publicação expressa apenas a opinião do(s) autor(es) e não pode ser identificada com a posição oficial da Chancelaria do Primeiro-Ministro.

 

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